Vendas de bicicletas em 2022 – Dados Aliança Bike mostram a queda referente ao ano de 2021, porém, considerando outros anos, o resultado ainda é favorável.
De acordo com o monitoramento realizado pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), as vendas de bicicletas no Brasil sofreram uma queda significativa de 35% de Vendas de bicicletas em 2022 em comparação com o ano anterior, 2021. Esse resultado foi obtido através da análise dos dados de importação de bicicletas e componentes, bem como dos relatos de lojistas em todo o país.
O relatório da entidade aponta que as bicicletas consideradas de “entrada”, com preços que variam entre R$ 800,00 e R$ 2.000,00, foram as mais impactadas pela queda nas vendas. No entanto, as bicicletas de maior valor, incluindo as importadas, também apresentaram uma retração nas vendas, embora em menor proporção.
Essa situação pode ser reflexo das consequências econômicas geradas pela pandemia de COVID-19, que afetaram diversos setores e mudaram os hábitos de consumo dos brasileiros. Além disso, a alta do dólar e a escassez de componentes no mercado global também podem ter contribuído para a diminuição das vendas de bicicletas em 2022 no Brasil.
Apesar dos desafios enfrentados pela falta de insumos e problemas na cadeia de produção, o mercado de bicicletas no Brasil alcançou um recorde histórico de vendas em 2020, registrando um crescimento de 50% em relação ao ano anterior, o que é um feito significativo. O setor continuou apresentando números positivos em 2021, com um recuo mínimo de apenas 2% em relação a 2020.
Esses resultados são bastante expressivos, considerando-se as adversidades enfrentadas pelo setor, tais como as restrições provocadas pela pandemia de COVID-19, que afetou significativamente a produção e a logística. Além disso, o aumento do preço dos insumos e a escassez de componentes no mercado global também foram fatores que impactaram o setor.
Contudo, apesar das dificuldades, a demanda por bicicletas continuou alta, impulsionada pelo crescente interesse das pessoas em se deslocar de maneira sustentável e saudável. Além disso, as ciclovias e ciclofaixas implementadas em diversas cidades brasileiras também contribuíram para o aumento da utilização de bicicletas como meio de transporte.
“Os números da pesquisa representam bem a atualidade do mercado brasileiro de bicicletas. Pode-se dizer que esse decréscimo de vendas era até esperado, por conta da alta recorde que tivemos nos dois anos anteriores”, explica Rodrigo Coelho, vice-presidente da Aliança Bike sobre Vendas de bicicletas em 2022.
“Ainda estamos vivendo um momento em que o mercado está retraído, mas a tendência é melhorar, já que é como o mercado funciona. A hora é de trabalhar com inteligência, manter o mercado abastecido e gerir os estoques para que as vendas retomem um viés de alta”, complementou.
O mercado de bicicletas no Brasil apresentou uma retração significativa sobre Vendas de bicicletas em 2022, mas, segundo o vice-presidente da associação Aliança Bike, ainda mantém um patamar de vendas próximo ao que era apresentado em 2018 e 2019, antes da pandemia de Covid-19. Nesses anos, foram vendidas cerca de 4 milhões de bicicletas, enquanto em 2022 esse número ficou na casa dos 3,8 milhões. Em contrapartida, em 2020 foram vendidas cerca de 6 milhões de bicicletas e, em 2021, cerca de 5,8 milhões.
Lojistas entrevistados pela Aliança Bike apontam três fatores que, em conjunto, são os principais responsáveis pela redução nas vendas de bicicletas novas e usadas no Brasil. Em primeiro lugar, a saturação do mercado, que foi impulsionado pelo aumento da demanda durante a pandemia e pela produção acelerada no ano de 2020, quando muitas pessoas buscaram a bicicleta como meio de transporte e lazer em tempos de isolamento social.
Além disso, o medo do endividamento e a queda no consumo também são fatores que contribuem para a retração nas vendas. Com a inflação em alta e a incerteza econômica, muitos consumidores optam por adiar a compra de bens duráveis, como as bicicletas, e priorizar gastos essenciais.
Diante desse cenário, é importante que o setor de bicicletas esteja atento e busque estratégias para manter a sustentabilidade do mercado, estimulando a demanda e trabalhando na melhoria da cadeia produtiva e logística.
Os lojistas consultados pela Aliança Bike apontam três fatores que estão impactando diretamente nas vendas de bicicletas novas e usadas no Brasil. O primeiro é a saturação do mercado com bicicletas usadas, que foram adquiridas durante a pandemia e agora estão sendo vendidas pelos próprios ciclistas. Muitos optaram por adquirir bicicletas como forma de manter uma atividade física ao ar livre ou como alternativa ao transporte público, mas essa situação não se manteve com a retomada das atividades presenciais.
Além disso, a atual crise econômica também é apontada como um fator importante na redução do consumo familiar e, consequentemente, nas vendas de bicicletas. Por fim, a elevação da taxa SELIC para conter a inflação gerou um clima de receio de endividamento e falta de disponibilidade de crédito, afetando diretamente a venda de bicicletas de valores mais elevados.
Apesar desses fatores, o vice-presidente da Aliança Bike destaca que o mercado de bicicletas se mantém em um patamar próximo ao apresentado em 2018 e 2019, período anterior à pandemia, o que indica uma perspectiva positiva para o futuro.
Adriana Costa, proprietária da Sports Indaia Bike Shop em Indaiatuba, São Paulo, compartilhou sua perspectiva sobre o mercado de bicicletas nos últimos anos. Segundo ela, em 2020, houve uma grande procura por bicicletas como forma de praticar exercícios ao ar livre durante a pandemia, o que gerou um aumento significativo nas vendas. Entretanto, em 2021, a falta de componentes nas linhas de produção atrasou a entrega de novas bicicletas, impactando as vendas.
Adriana também destacou que muitas pessoas que compraram bicicletas em 2020 acabaram não se mantendo na prática do esporte e optaram por vender o equipamento, o que dificultou o trabalho dos lojistas. Já em relação a Vendas de bicicletas em 2022, ela afirmou que o ano não foi ruim, mas também não pode ser considerado bom, principalmente por causa de eventos que tiraram a atenção do público, como a Copa do Mundo e as eleições.
Para 2023, Adriana prevê um ano desafiador e não planeja fazer grandes compras para evitar endividamentos. Essa postura pode ser resultado da elevação da taxa SELIC, que gerou receio de endividamento e falta de disponibilidade de crédito, afetando diretamente a venda de bicicletas de gama mais elevada, como explicado anteriormente.
Importação de bicicletas e componentes também sofre retração
Os números de importação de bicicletas e seus componentes, sejam para a comercialização direta ou para a montagem das bicicletas, comprovam a queda nas vendas apontada pelos lojistas. De acordo com os dados, houve uma redução de 53% na importação de bicicletas completas entre 2021 e 2022. Além disso, a quantidade de quadros e garfos importados teve uma queda de 44,6%, gerando uma diminuição de 21,7% no total do valor importado desses componentes.
As importações de outros itens que são essenciais para as bicicletas, como pedivelas e coroas, também apresentaram redução na quantidade importada, com um decréscimo de 33,8%, além de uma diminuição de 21.1% no valor importado desses itens. Estes dados evidenciam a atual situação de queda nas vendas e o desafio enfrentado pelo setor de bicicletas no Brasil.
Vendas de bicicletas em 2022 e o contexto do mercado nos últimos anos
O mercado de bicicletas no Brasil sofreu uma grande instabilidade em 2020 devido à pandemia do coronavírus que assolou o mundo. Esse cenário foi agravado pela paralisação de fábricas na Ásia, que comprometeu a produção de componentes necessários para a fabricação das bicicletas.
No entanto, em maio de 2020, o mercado brasileiro de bicicletas começou a dar sinais de recuperação, acompanhando uma tendência global de aumento nas vendas de bicicletas como opção de transporte seguro durante a pandemia. Ao final do ano, o mercado registrou um aumento médio de 50% nas vendas em relação a 2019, com um pico de vendas no mês de julho de 2020, que alcançou a impressionante marca de 118%.
O primeiro semestre de 2021 continuou registrando um aumento nas vendas, com um crescimento de 34,17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, o segundo semestre de 2021 já indicava uma queda no consumo, o que prenunciava um cenário de retração para o ano seguinte, que é exatamente o que está ocorrendo em 2022.
Os números de importação de bicicletas e componentes corroboram essa realidade de queda no mercado, com reduções significativas em relação aos anos anteriores. A escassez de componentes e a saturação do mercado com bicicletas usadas, adquiridas durante a pandemia e agora vendidas pelos próprios ciclistas, são apontadas como as principais causas para esse cenário de retração. Além disso, a crise econômica e a elevação da taxa SELIC geraram receio de endividamento e falta de disponibilidade de crédito, afetando diretamente a venda de bicicletas de gama mais elevada.
Em resumo, o mercado de bicicletas no Brasil passou por uma grande instabilidade em 2020, se recuperou em 2021, mas está enfrentando dificuldades em 2022. O futuro do setor é incerto, e o mercado terá que se adaptar para superar os desafios que se apresentam.
Estimativas de vendas no comércio varejista de bicicletas*
- 2018: 4 a 4,5 milhões de unidades
- 2019: 4 a 4,5 milhões de unidades
- 2020: 6 milhões de unidades
- 2021: 5,8 milhões de unidades
- 2022: 3,77 milhões de unidades
*Baseado no monitoramento da Aliança Bike com lojistas e nos dados de produção, montagem e importação de bicicletas e componentes. A estimativa contempla bicicletas novas e usadas
Sobre a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas
A Aliança Bike é uma associação brasileira sem fins lucrativos que representa o setor de bicicletas no país. Fundada em 2016, a organização tem como objetivo unir e fortalecer as empresas e profissionais que atuam no mercado de bicicletas, além de promover a cultura da bicicleta como meio de transporte e lazer.
Entre as principais atividades da Aliança Bike estão a realização de eventos, ações de advocacia para promover políticas públicas favoráveis ao uso da bicicleta, a criação de programas de formação e capacitação para profissionais do setor, e a divulgação de informações e pesquisas sobre o mercado de bicicletas no Brasil.
A associação conta com mais de 200 associados, entre lojistas, distribuidores, fabricantes, importadores, prestadores de serviços e outros profissionais que atuam no mercado de bicicletas. A Aliança Bike é a principal representante do setor no Brasil e busca trabalhar em conjunto com outras organizações e entidades para fomentar o uso da bicicleta e fortalecer o mercado nacional.
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