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Ciclismo para a saúde pública e o clima, o potencial inexplorado

Ciclismo para a saúde pública e o clima – Se 25% das viagens de carro de até 5 km na França fossem de bicicleta, poderíamos evitar 2.000 mortes.
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Ciclismo para a saúde pública e o clima – Se 25% das viagens de carro de até 5 km na França fossem de bicicleta, poderíamos evitar 2.000 mortes.

Uma pesquisa de abrangência nacional revelou impactos positivos significativos do ciclismo na saúde, economia e meio ambiente na França. Os resultados indicam que a prática regular de pedalar pode prevenir quase 2.000 mortes por ano, além de gerar uma economia substancial nos gastos com saúde pública.

Estima-se que, para cada quilômetro percorrido de bicicleta, há uma redução de € 1 em custos médicos, demonstrando o impacto econômico positivo do ciclismo. Esse estudo inovador foi realizado por cientistas da unidade conjunta CNAM-Institut Pasteur PACRI, em parceria com o CNRS, marcando um avanço importante na compreensão dos benefícios do ciclismo.

Nos países ocidentais, como a França, o impacto de um estilo de vida sedentário é profundamente preocupante. Cerca de 40% da população vive com uma condição médica diretamente ligada à falta de atividade física regular, o que contribui para aproximadamente 10% de todas as mortes.

Essa realidade alarmante destaca a importância crítica de incentivar as pessoas a se movimentarem mais, já que a atividade física regular pode desempenhar um papel vital na prevenção de diversas condições crônicas. Entre essas condições estão doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo distúrbios neurodegenerativos, como a demência.

Mas até que ponto a prática de atividades físicas realmente faz diferença na prevenção dessas doenças? E como podemos quantificar esses benefícios para a saúde de maneira precisa?

Kévin Jean, um renomado cientista da unidade do Institut Pasteur-CNAM especializada em riscos infecciosos e emergentes, esclarece: “Se uma pessoa dedica cerca de 1 hora e 40 minutos por semana ao ciclismo, ela pode reduzir seu risco de mortalidade em 10%.” Esta declaração não é apenas uma suposição; é o resultado de uma análise meticulosa da vasta literatura científica que explora a relação entre a atividade física e eventos de morbidade e mortalidade.

Esse insight fundamental sobre os benefícios do exercício regular serviu como alicerce para uma importante pesquisa desenvolvida pela unidade PACRI (riscos infecciosos e emergentes Pasteur-CNAM).

Este estudo foi conduzido em colaboração com especialistas do laboratório de Modelagem, Epidemiologia e Vigilância de Riscos à Saúde do Conservatório Nacional Francês de Artes e Ofícios (CNAM), liderado por Laura Temime, e da unidade de Epidemiologia de Doenças Emergentes do Institut Pasteur, chefiada por Arnaud Fontanet. Juntos, esses pesquisadores buscaram quantificar de maneira mais precisa o impacto da atividade física, especialmente o ciclismo, na melhoria da saúde pública e na redução da mortalidade.

Ao integrar dados epidemiológicos e modelagens matemáticas, o estudo não apenas confirmou a ligação direta entre a atividade física e a prevenção de doenças crônicas, mas também evidenciou o grande potencial do ciclismo como uma forma eficiente e acessível de melhorar a saúde da população em larga escala.

Esses achados sugerem que aumentar a prática de ciclismo poderia gerar impactos substanciais na saúde pública, salvando milhares de vidas e aliviando significativamente os sistemas de saúde, que atualmente enfrentam pressões enormes devido ao aumento das doenças crônicas associadas ao sedentarismo.

Em resumo, a pesquisa não apenas reforça o que já sabemos sobre os benefícios do exercício regular, mas também enfatiza o ciclismo como uma intervenção de saúde pública de enorme valor. Se adotado de forma mais ampla, especialmente em países ocidentais como a França, o ciclismo poderia ser um divisor de águas na prevenção de mortes prematuras e na melhoria da qualidade de vida.

Analisamos o impacto do ciclismo na saúde utilizando dados já disponíveis na literatura científica, adotando uma abordagem fundamental para avaliar de maneira ampla como políticas e infraestruturas afetam a saúde pública. A cada dez anos, o Instituto Nacional Francês de Estatística e Estudos Econômicos (Insee) realiza uma pesquisa nacional para identificar os meios de transporte utilizados pelos franceses.

Com base nos dados de mobilidade individual coletados na pesquisa de 2018-2019, conduzimos uma análise inédita que se destaca pela profundidade e abrangência em todo o território nacional.

Nossa investigação vai além da simples avaliação do risco de mortalidade; consideramos também o risco de desenvolvimento de cinco doenças crônicas específicas: doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência, câncer de cólon e câncer de mama. Além disso, nossa análise inclui a estimativa e a quantificação dos benefícios econômicos e de saúde associados à prática do ciclismo.

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Ciclismo: benefícios individuais para a saúde e economia coletiva

Na sociedade francesa, o ciclismo permanece como um meio de transporte relativamente marginal, com uma participação modal que tem se mantido em torno de 3% entre os anos de 2009 e 2019.

Os dados revelam que, em média, os franceses dedicam de 7 a 8 minutos semanais ao ciclismo, um período que é de 5 a 10 vezes menor do que o tempo que os holandeses com mais de 75 anos gastam pedalando. Além disso, é importante notar que cerca de três quartos dos ciclistas na França são homens, conforme observa Kévin Jean.

Apesar de não ser uma prática amplamente difundida, os franceses ainda registraram um impressionante total de aproximadamente 5 bilhões de quilômetros percorridos de bicicleta em 2019. Esse nível de atividade ciclística contribui significativamente para a saúde pública, prevenindo cerca de 2.000 mortes e 6.000 casos de doenças crônicas anualmente.

Kévin Jean explica que, além dos benefícios para a saúde, cada uma dessas condições evita custos médicos substanciais. A atividade ciclística realizada em 2019 resultou em uma economia anual estimada de € 200 milhões para o Fundo Francês de Seguro de Saúde.

É relevante observar que o custo associado a mortes evitadas não é um custo direto para a comunidade, mas os economistas utilizam o conceito de valor de um ano de vida estatístico para medir seu valor monetário. Na França, o valor frequentemente adotado é de aproximadamente € 3 milhões por vida evitada, refletindo a economia significativa proporcionada pelas atividades de ciclismo no que tange à saúde pública e às finanças do sistema de saúde.

O estudo revela que o ciclismo na França gera uma economia impressionante de quase € 5 bilhões anualmente em custos relacionados à saúde. Este impacto econômico substancial pode ser traduzido na fórmula de que, a cada quilômetro pedalado, economiza-se aproximadamente € 1 em custos médicos.

Ciclismo para a saúde pública e o clima

No entanto, é importante destacar que os benefícios identificados no estudo provavelmente representam um valor subestimado. Primeiro, porque a popularidade do ciclismo aumentou consideravelmente desde o surgimento da pandemia de COVID-19, o que pode ter levado a uma maior economia de custos médicos do que o estudo inicialmente capturou.

Em segundo lugar, o estudo não inclui certas condições de saúde que poderiam contribuir para uma economia ainda maior. Um exemplo notável é a depressão, que também pode ser beneficiada pela prática regular de ciclismo e que não foi considerada na análise. Portanto, o impacto real do ciclismo em termos de economia de custos de saúde e benefícios para a saúde pública pode ser significativamente maior do que o que os dados atuais indicam.

Bom para a saúde e também para o clima

Se os 25% das viagens de carro que atualmente percorrem distâncias inferiores a 5 km na França fossem realizadas de bicicleta, o impacto positivo seria significativo. De acordo com Kévin Jean, essa mudança poderia evitar aproximadamente 2.000 mortes adicionais e resultar em uma economia de cerca de € 2,5 bilhões em custos médicos.

Além desses benefícios de saúde, a transição dessas viagens curtas para o ciclismo também traria vantagens ambientais consideráveis. A adoção mais ampla do ciclismo reduziria a emissão de centenas de milhares de toneladas de CO2, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Essa redução nas emissões de CO2 é comparável à diminuição observada durante o período de 2015-2016, quando foi implementado o crédito tributário de eficiência energética para o isolamento residencial.

Embora o estudo forneça uma abundância de dados sobre os benefícios econômicos, do clima e de saúde do ciclismo, ele não inclui informações específicas sobre os efeitos da mudança no transporte sobre a poluição do ar. Portanto, enquanto as vantagens em termos de saúde pública e economia são evidentes, o impacto completo na qualidade do ar e na redução da poluição ainda não está totalmente quantificado.

Via theconversation

Via Aliança Bike

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